
Afonso Augusto da Costa entrou no Parlamento na sequência eleições gerais de 1900. Advogado e docente, foi membro da Maçonaria desde 1905.
Com a proclamação da República, em 1910, Afonso Costa assumiu a pasta da Justiça do Governo Provisório (1910-1911). Foi líder do Partido Republicano Português, que por esta altura passou a designar-se Partido Democrático.
Assumiu também por diversas vezes os cargos de Chefe do Executivo (1913-1914, 1916 e 1917) e de Ministro das Finanças. A ele se deve a definição de uma parte significativa da estrutura legislativa da época da República parlamentarista.
Esteve preso duas vezes. A primeira por ter conspirado contra a ditadura de João Franco, sendo libertado após o Regicídio em 1908. A segunda aquando do golpe sidonista. Após a sua libertação, exilou-se em França, regressando após a morte de Sidónio Pais.
Em 1919, é nomeado Presidente da delegação portuguesa à Conferência de Paz de Paris. No ano seguinte é nomeado representante de Portugal na Sociedade das Nações, presidindo à delegação nacional a partir de 1925.
Em 1923, o então eleito Presidente da República, Manuel Teixeira Gomes, incumbe Afonso Costa de formar um "governo nacional", tarefa que não efetivou por falta de apoio partidário unânime.
Em março de 1926, é eleito Presidente da sessão extraordinária da Sociedade das Nações.
Após o Golpe de Estado de 28 de Maio de 1926, que implantou a ditadura militar, foi demitido do cargo de Presidente da delegação portuguesa na Sociedade das Nações.
Busto de Afonso Costa, da autoria de António Paiva.