As Nações Unidas celebram hoje, na sua Reunião de Alto Nível, o 75.º aniversário. A sua criação, ato da maior grandeza histórica, resultante da tragédia da Segunda Grande Guerra Mundial, marca inelutavelmente o Século XX e o progresso da Humanidade.
As Nações Unidas são, antes do mais, um ato de esperança; um ato de esperança num mundo melhor, num mundo mais justo, em que os valores da dignidade humana e do respeito pelo direito internacional são as traves-mestras do relacionamento entre Estados e da construção de sociedades mais justas, em que todos possam ter acesso a exigências básicas, como o saneamento básico, a alimentação ou a educação.
Foi com a Organização das Nações Unidas (ONU) que teve lugar a libertação dos povos coloniais, foi com o sistema das Nações Unidas que se ergueram Agências que, como a FAO, a UNICEF, a UNESCO, a OMS, o PNUD, marcam a interação da comunidade internacional.
Celebrar 75 anos de Nações Unidas é uma exigência individual e coletiva. Individual porque a influência da ONU e das suas Agências se reflete no nosso modo de pensar, de ver e de viver a sociedade. Coletivo, porque devemos todos enaltecer o quanto as Nações Unidas e as suas Agências afiliadas têm feito pelo progresso da comunidade internacional, pela preservação da paz e pelo respeito pelo Direito internacional, sem o qual prevaleceria a lei do mais forte.
Enaltecendo as suas realizações e fazendo votos para que continue a marcar o nosso dia-a-dia, a nossa forma de encarar o mundo, celebramos o 75.º aniversário das Nações Unidas, esta Organização que é nossa e é do mundo inteiro.
A Assembleia da República assinalará o 65.º aniversário da adesão de Portugal à ONU no próximo mês de dezembro.
Eduardo Ferro Rodrigues
Presidente da Assembleia da República