Deixa-nos hoje Artur Portela Filho, aos 83 anos, vítima da pandemia da doença COVID-19.
Nascido no seio de uma família de jornalistas, e filho do histórico Artur Portela, de quem herdou o nome, Artur Portela Filho foi um multifacetado jornalista, aliando os dotes da escrita aos da investigação, numa longa carreira de muitas décadas, com passagem pelo Diário de Notícias, República, A Capital, Jornal i, TSF ou RTP, mas, e muito em especial, pelo Jornal Novo, que fundou e dirigiu nos anos 70 do século passado, em pleno período revolucionário.
Com formação em história, foi autor de dezenas de crónicas de intervenção política e social - viu mesmo a sua primeira obra, Feira das Vaidades (1959), ser apreendida pela PIDE –, contos e vários ensaios, dedicando-se especialmente à ficção.
Artur Portela Filho integrou o Conselho de Comunicação Social, a que presidiu, e, mais tarde, a Alta Autoridade para a Comunicação Social, hoje Entidade Reguladora para a Comunicação Social, eleito pela Assembleia da República.
Em meu nome e no da Assembleia da República, transmito à sua Família e Amigos a expressão do mais sentido pesar.
Eduardo Ferro Rodrigues
Presidente da Assembleia da República