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19.11.2020 |  Presidente da Assembleia da República evoca Bernardo Santareno no Centenário do seu nascimento

Assinala-se hoje 100 anos do nascimento de Bernardo Santareno, um dos mais relevantes dramaturgos portugueses do século XX.
 
Nascido em Santarém, a 19 de novembro de 1920, Bernardo Santareno – pseudónimo do psiquiatra António Martinho do Rosário – afirmou-se pela vasta obra literária, essencialmente no domínio do teatro, mas onde pontua a prosa e a poesia.
 
Intelectual de esquerda, adere à Juventude Comunista em 1941, militando no Partido Comunista Português a partir dessa data. Censurado e perseguido durante a ditadura pelos seus valores e ideias, bate-se até à sua morte pelas causas da liberdade e da democracia.
 
A importância da obra de Bernardo Santareno reside na centralidade que deu aos direitos e às liberdades individuais por oposição aos preconceitos morais e sociais de um Portugal atrasado e isolado do resto do mundo, abordando temas não consensuais para a época, como o papel da mulher na sociedade, nas instituições e no casamento.
 
Desde a primeira hora, a Assembleia da República associou-se às Comemorações Nacionais do Centenário de Bernardo Santareno (1920 – 2020), concedendo o seu Alto Patrocínio. Uma iniciativa da atriz, encenadora e dramaturgista Fernanda Lapa, que nos deixou no passado mês de agosto, e da Escola de Mulheres – Oficina de Teatro, que fundou com Isabel Medina, em 1995, destinada a privilegiar a criação feminina no teatro.
 
Não seria, pois, justo que, neste dia, evocasse Bernardo Santareno sem recordar a sua aluna dileta, Fernanda Lapa.
 
Porque a ambos devemos avanços significativos dados nas últimas décadas na afirmação do papel da mulher na sociedade portuguesa, e, em especial, nas artes cénicas.


Eduardo Ferro Rodrigues

Presidente da Assembleia da República