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Fachada principal

Projeto de restauração da fachada do Palácio das Cortes do arquiteto Miguel Ventura Terra.
Projeto de restauração da fachada do Palácio das Cortes do arquiteto Miguel Ventura Terra.

A fachada principal, remodelada durante a primeira metade do século XX, segundo o projeto neoclássico tardio de Ventura Terra, adaptado por Marques da Silva, caracteriza-se por um equilíbrio clássico de volumes distribuídos horizontalmente, com três andares, dinamizados por janelas retangulares verticais encimadas por frontões alternadamente triangulares e semicirculares no Andar Nobre, janelas quadradas simples no piso intermédio e janelas retangulares verticais no rés-do-chão.

Um corpo avançado ergue-se centralmente, rematado por um frontão triangular, construído a partir do espaço da galilé da igreja do Mosteiro de São Bento da Saúde e assente sobre um lance de escadas. Sobre estas eleva-se uma arcada de volta perfeita com a dupla inscrição da palavra latina Lex — alusão à função legislativa do Parlamento — entre os dois arcos centrais e quatro estátuas alegóricas femininas, sentadas e togadas, esculpidas em lioz, de talhe duro e esquematização formal,  Estas representam, da esquerda para a direita, A Prudência, esculpida por Raul Xavier, A Justiça, da autoria de Maximiano Alves, A Força, esculpida por Costa Mota, sobrinho e A Temperança, por Barata Feio.

O frontão, que encima a varanda, tem 30 metros de comprimento e seis metros de altura e o tímpano decorado pelo escultor Simões de Almeida, sobrinho, em composição simétrica, de caráter académico. A iconografia utilizada obedece ao programa ideológico da política do Estado Novo, representando, ao centro, a Pátria, entronizada, identificada pela insígnia em latim OMNIA PRO PATRIA ("Tudo pela Nação") inscrita no estrado, ladeada por 18 figuras representando, entre outras, a Indústria e o Comércio.

A varanda, que acentua a zona nobre do andar, tem 12 colunas com capitéis coríntios e cinco janelas em arcos de volta perfeita que se correspondem com os da galilé, com mísulas decoradas com leões.

A escadaria exterior foi construída em 1941, segundo projeto do arquiteto Cristino da Silva, ladeada por dois leões, do escultor Raul Xavier, como sentinelas da simbologia do poder associado ao Parlamento.

Palácio das Cortes, 1843
Palácio das Cortes, 1843. Litogravura de Michellis in “Universo Pittoresco”, reproduzido em: Leitão, Joaquim, O Palácio de São Bento, 1945.
Palácio das Cortes, 1875
Palácio das Cortes, fotografia de Moreira, 1875.
Palácio de S. Bento, 1935
Aspeto das obras na fachada principal do Palácio de São Bento, 23 de novembro de 1935.
Palácio de São Bento, 1938
Últimos trabalhos na fachada do Palácio de São Bento, 5 de novembro de 1938 (DN).
Fachada do Palácio de São Bento
Fachada do Palácio de São Bento, Rui Morais de Sousa, 2008.
Pormenor de leão na fachada do Palácio
Pormenor de leão na frontaria do Palácio, Rui Morais de Sousa, 2005.