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Escadaria Nobre

Escadaria Nobre
Escadaria Nobre, Carlos Pombo, 2004.

A Escadaria Nobre foi inicialmente projetada pelo arquiteto Ventura Terra e reformulada no seu traçado pelo arquiteto António Lino, nos anos de 1936-1937. Veio substituir a antiga escadaria do Mosteiro, originalmente revestida por silhares de azulejos datados de 1630, e com profusa decoração maneirista de ferroneries, brutescos, putti e cartelas com símbolos heráldicos da Ordem de S. Bento (hoje no Museu Nacional do Azulejo).

Os topos das oito portas a que a escadaria dá acesso são coroados por frontões triangulares com grupos escultóricos da autoria de Leopoldo de Almeida, representando as oito províncias de Portugal à época (Estremadura, Minho, Beira Alta, Trás-os-Montes, Algarve, Alentejo, Douro e Beira Baixa), identificadas pelos brasões das respetivas capitais (Lisboa, Braga, Viseu, Bragança, em substituição de Vila Real, Faro, Évora, Porto e Castelo Branco) e pelas atividades económicas que melhor as caracterizavam então (a Agricultura e a Pesca).

As paredes do andar superior da escadaria estão decoradas com seis grandes telas com pinturas de género histórico agrupadas em dois trípticos, integrados em arcos de volta perfeita, da autoria de Martins Barata, realizadas entre 1940 e 1943 e intituladas "A defesa da pátria" e "A prosperidade da nação", tal como determinava a encomenda. Porém, por alusão direta às representações escolhidas pelo autor para tratar os temas, são vulgarmente conhecidas como “As Cortes de Leiria” e “Alegoria às forças produtivas da nação”.

Pintado na parede direita, do lado da Sala das Sessões, o primeiro tríptico recria o episódio histórico das Cortes de Leiria (1254) – as primeiras em que, ao lado do clero e da nobreza, tomaram assento os representantes do povo, os procuradores dos concelhos, reunidos, todos, em prol da consolidação da soberania nacional. No painel central, num fundo palaciano, pode observar-se D. Afonso III, entronizado, rodeado pelos funcionários do Paço e por procuradores dos concelhos. No painel da esquerda, está o clero saindo da Capela de São Pedro  e no painel da direita, a Nobreza com o Castelo de Leiria ao fundo.

Na parede esquerda, do lado da Câmara Corporativa (atual Sala do Senado), foi pintada uma alegoria às forças produtivas da Nação no século XV. No painel central foram representadas as Artes e Ofícios, no painel da esquerda a Agricultura e a Pecuária e no painel da direita o Comércio (naus, mareantes e mercadores).

Escadaria Nobre
Escadaria Nobre, Horácio Novais, 1946.

Escadaria Nobre

Escadaria Nobre, Carlos Pombo, 2004.

Escadaria Nobre

Escadaria Nobre, Pedro da Silva, 2010.

Escadaria Nobre

Escadaria Nobre, Pedro da Silva, 2010.