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Fernando Távora (1923-2005)

Fernando Luís Cardoso de Meneses de Tavares e Távora formou-se em Arquitetura na Escola de Belas-Artes do Porto, em 1952, onde passou a lecionar em 1958.

Em 1947, publicou o ensaio O problema da casa portuguesa.

Em 1948, ingressou nos quadros do município portuense, tendo sido responsável pela ordenação do Bairro de Ramalde, pela urbanização da Praça do Município e pelos projetos do Mercado Municipal de Vila da Feira, da escola do Cedro e da Moradia de Ofir.

Bolseiro da Fundação Gulbenkian e do Instituto para a Cultura nos Estados Unidos, estudou na Faculdade de Arquitetura de Veneza.

Em 1962, publicou o ensaio Da organização do espaço, em 1985 foi condecorado com o 1º. Prémio de Arquitetura pela Fundação Calouste Gulbenkian e, dois anos depois, foi galardoado com o Grande Prémio Nacional de Arquitetura pelo seu projeto para a Pousada de Santa Marinha (Guimarães).

Participou na 1.ª Conferência Internacional de Artistas, promovida pela UNESCO (Veneza), e nos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAM), em Hoddesdon, Aix-en-Provence, Dubrovnik e Otterlo.

Participou também em várias exposições e mostras de Arquitetura na Smithsonian Institution, na Escola de Belas-Artes do Porto ("Magnas"), na Fundação Calouste Gulbenkian ("Artes Plásticas I e II"), em Lisboa ("Onze arquitetos do Porto"), na galeria Clemont Ferrand ("Arquiteturas no Porto"), em Bruxelas (Europália), na Trienal de Milão e na Bienal de Veneza.

Presidiu ao Comité Ad Hoc da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e foi professor do Departamento de Arquitetura na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde recebeu o título de Doutor Honoris Causa.

A sua obra, herdeira do movimento moderno, desenvolveu-se dentro da ideia de que a arquitetura é um trabalho feito pelo homem para o homem, respeitando, por conseguinte, a sua escala, respondendo às suas necessidades e tendo um caráter essencialmente funcional, despojado de elementos supérfluos meramente decorativos. A dimensão humana, o sentido de unidade e a estética depurada tornaram-se as características basilares que permitem um imediato reconhecimento de cada obra e a atribuição ao seu autor.