Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda
Oficial do Exército.
Nasceu em Bragança, em 20 de agosto de 1791, vindo a morrer em Paris, em 1833.
Combateu na Guerra Peninsular.
Em 1820, já com a patente de coronel, é-lhe entregue o comando do regimento de Infantaria n.º 18, no Porto.
Chegado à cidade em 16 de agosto, aderiu ao Sinédrio dois dias depois, sendo o seu décimo terceiro e último elemento, e fazendo parte do Conselho Militar na véspera da revolução.
Depois do movimento revolucionário, foi nomeado para a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, encarregado das pastas da Guerra e Marinha, assumindo o comando da divisão ligeira que marchou sobre Lisboa.
Deixou descritos os movimentos desta campanha nos seus Alicerces da Regeneração Portugueza : memória das providências e operações a bem da regeneração nacional, que o brigadeiro Bernardo Correia e Sepúlveda, então coronel do Regimento de Infantaria n.º 18 praticou em o dia 24 de agosto de 1820 e posteriormente na qualidade de deputado da Junta Provisória do Governo do Reino (Lisboa, Typ. Rollandiana, 1821?).
Integrou, depois, a Junta Provisional Preparatória das Cortes.
Foi eleito deputado, por Trás-os-Montes, às Cortes Constituintes, integrando as comissões parlamentares da Guerra e da Inspeção de Polícia Interior.
Já como brigadeiro, assumiu o comando da divisão ligeira para defesa da cidade de Lisboa por ocasião da Martinhada.
Logrado este golpe, foi nomeado membro da comissão militar mandatada para apresentar propostas para a reorganização do Exército.
Em 1823, acaba por aderir à Vilafrancada, mas, considerada por D. Miguel uma adesão tardia, foi mandado preso para Peniche.
Solto em 1824, emigrou para França, onde acabou por morrer.
Terá sido iniciado maçon, desconhecendo-se a loja e obediência a que pertencia.
Foi condecorado com os graus de cavaleiro da Ordem de S. Bento de Avis e comendador da Ordem de Torre e Espada.