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Salão Nobre

Salão Nobre Salão Nobre, Miguel Saavedra, 2011.

O Salão Nobre, destinado às receções oficiais, foi construído nos anos 40 do século XX, segundo o projeto do arquiteto Pardal Monteiro, ocupando a área onde se encontrava o coro alto da antiga igreja do Mosteiro de São Bento.

O estilo arquitetónico desta sala, bem como a sua decoração​ inserem-se plenamente no gosto e estética do Estado Novo, seguindo o conteúdo programático da sua política cultural e histórica.

O teto, em abóbada de berço, ganha leveza e transparência com caixotões de vidro iluminado artificialmente que encontram correspondência na geometria do pavimento, em parquet de madeira de carvalho com embutidos de pau-santo que delimitam quadrados, parcialmente coberto por um tapete de Arraiolos, encomendado para o local, inspirado em originais do século XVII.

As paredes têm cinco pilares adossados (em simetria com os cinco vãos das janelas), revestidos de mármore e com embutidos de bronze trabalhados em baixo-relevo com cruzes de Cristo e Santiago, caravelas e quinas que repetem a decoração das portas de correr. Até meio metro de altura, as paredes estão revestidas com um lambrim em madeira e, acima desta, estão decoradas com pinturas subordinadas à mesma temática apologética dos Descobrimentos portugueses da Exposição do Mundo Português, de 1940.

Embora autor do projeto das sete​ pinturas parietais, datado de 1944, Adriano Sousa Lopes terá apenas executado uma delas, a do Infante D. Henrique. Devido à sua inesperada morte, as restantes foram já pintadas, entre 1944 e 1945, segundo o projeto inicial, por Domingos Rebelo e Joaquim Rebocho.

Os vãos das janelas são decorados com outras pinturas parietais representando motivos da flora e fauna de África, do Brasil e da Índia.

As imagens dos painéis representam:

- Infante D. Henrique faz a entrega do plano das descobertas ao capitão da Armada - atribuível a Sousa Lopes, 1944.
- Tomada de Ceuta - assinado e datado por Domingos Rebelo, 1945.
- Diogo Cão, na foz do Zaire - não assinado.
- Bartolomeu Dias dobra o Cabo das Tormentas, depois Cabo da Boa Esperança - assinado e datado por Domingos Rebelo, 1945.
- Pedro Álvares Cabral desembarca em terras de Vera Cruz - Brasil - não assinado.
- Tomada de Malaca por Afonso de Albuquerque - assinado e datado por Domingos
 Rebelo, 1945.
- Vasco da Gama recebido pelos emissários do Samorim - assinado e datado por
Domingos Rebelo, 1945.

Ao centro da sala, lateralmente, está exposto um busto de bronze representando a República, réplica do modelo original da autoria de Simões de Almeida, sobrinho (1908).

O Salão Nobre abre-se na única varanda da fachada principal, continuando o avanço do corpo central sobre a galilé. A varanda, reformulada nos anos 30 do século XX, nobilita o Andar Nobre com 12 colunas e 10 pilares de ordem coríntia, estabelecendo uma correspondência simétrica entre os cinco arcos das suas janelas e os outros tantos da arcaria inferior.

Foi desta varanda que Anselmo Braamcamp Freire, Presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1911, anunciou ao povo de Lisboa que o Parlamento tinha acabado de proclamar a República, com a aprovação por aclamação do decreto de abolição da Monarquia.

O Salão Nobre é hoje um espaço polivalente, continuando vocacionado para receções oficiais e outros atos, tais como conferências nacionais e internacionais, entrega de prémios e outras cerimónias.

Salão Nobre nos anos 40

Salão Nobre, Horácio Novais, anos 40 do século XX.

Salão Nobre nos anos 40

Salão Nobre, Horácio Novais, anos 40 do século XX.

Salão Nobre em 2011

Salão Nobre, Miguel Saavedra, 2011.

Salão Nobre em 2011

Salão Nobre, Miguel Saavedra, 2011.

Varanda do Salão Nobre

Varanda do Salão Nobre, Miguel Saavedra, 2017.

Salão Nobre nos anos 40

Vista da varanda do Salão Nobre, Miguel Saavedra, 2017.