José da Silva Carvalho
Advogado e magistrado.
Nasceu no lugar de Vila Dianteira, Santa Comba Dão, em 19 de dezembro de 1782, e morreu em Lisboa, em 5 de setembro de 1856.
Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra, estabeleceu-se como advogado em Lisboa (entre 1805 e 1810) e, mais tarde, em Vila Dianteira (entre 1826 e 1827).
Em 1810, foi nomeado juiz de fora de Recardães e, em 1814, juiz dos órfãos do Porto.
Em 1820, era auditor das tropas a norte do Douro.
Foi um dos fundadores do Sinédrio e considerado o seu terceiro membro.
Após a revolução, integrou a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, como secretário com voto nas deliberações e co-encarregado dos Negócios da Fazenda e do Reino, e mais tarde a Junta Provisional Preparatória das Cortes.
Foi nomeado, em 1821, para o Conselho de Regência e presidente do Senado de Lisboa.
Depois, sucessivamente, foi ministro dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça (1821-1822 e 1832-1834), da Fazenda (1832-1835, 1835 e 1836), e da Marinha e Ultramar (1833).
O triunfo do miguelismo fê-lo emigrar para Inglaterra, onde esteve exilado por três vezes, em 1823-1826, 1828-1832 e 1836-1838.
Foi eleito deputado às Cortes, exercendo os seus mandatos em 1834-1836 e 1838-1842.
Depois de restaurada a Carta Constitucional, em 1842, entrou para a Câmara dos Pares, onde foi eleito vice-presidente.
Foi sócio efetivo da Academia Real das Ciências de Lisboa, membro da Sociedade Patriótica Gabinete de Minerva, magistrado do Supremo Tribunal de Justiça (em 1840, sendo seu presidente em 1840-1844 e em 1847-1856) e conselheiro de Estado.
Recusou aceitar o título de conde.
Maçon, com o nome simbólico Hydaspe, pertenceu às lojas 1.º de Outubro e, depois, 15 de Outubro, de Lisboa, onde terá sido Venerável.
Foi Grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, entre 1822 e 1839, e Soberano Grande Comendador, entre 1841 e 1856.
Foi condecorado com a grã-cruz da ordem de Santiago e a de Carlos III de Espanha.