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Cristino da Silva (1896-1976)

Luís Cristino da Silva era neto do pintor romântico João Ribeiro Cristino da Silva.

Formado em Arquitetura na Escola de Belas-Artes de Lisboa, no ano de 1918, partiu para Roma, onde fez investigação arqueológica, e, em 1920, foi para Paris com uma bolsa para estudar nos ateliers de Léon Azéma e Laloux, mestre do arquiteto Ventura Terra.

Regressou a Lisboa em 1925, apresentando os seus projetos parisienses na Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA), acolhidos com entusiasmo pela crítica. No mesmo ano, desenhou o Cinema Capitólio, considerado uma referência na arquitetura do modernismo português.

A partir de 1927, colaborou com a Câmara de Lisboa na elaboração de estudos urbanístico. Com o traçado do Liceu de Beja, o autor estabeleceu o marco no funcionalismo conceptual da arquitetura nacional dos anos 30, embora sem consequências relevantes nas produções de edifícios similares.

A partir de 1932, sob ação de Duarte Pacheco, então Ministro das Obras Públicas, Cristino da Silva abraçou projetos de grande envergadura, tais como a conceção da Praça do Areeiro (1938-1949), do Pavilhão de Honra e de Lisboa da Exposição do Mundo Português (1940), o traçado da Avenida António Augusto de Aguiar (1943), e os projetos do Palácio do Ultramar e da Zona Marginal de Belém (1953-1961 - ambos não realizados).

Reconhecido como figura basilar na evolução do modernismo para a definição de um formulário oficial dos anos 40-50, foi condecorado com a Medalha de Honra da SNBA (1943), os prémios Valmor e Municipal (1944), bem como o Prémio Nacional de Arte do Secretariado Nacional de Informação, em 1961.