Estátua Justiça
A autoria desta estátua tem sido atribuída a Simões de Almeida, sobrinho. Porém, no livro de Ordens de Pagamento é referido o pagamento ao escultor Costa Mota, sobrinho, pela execução da maqueta para a alegoria à Justiça que viria a ser moldada em maiores dimensões para figurar na sala da Câmara dos Deputados (como então era denominada a Sala das Sessões). Sem que tenhamos conhecimento de qualquer documento que comprove a substituição do autor, tomaremos Costa Mota, sobrinho, como o artista responsável pela peça.
Esta alegoria à Justiça segura na mão direita uma espada cruciforme e na esquerda uma balança.
Sentada, hirta, acentua a verticalidade da espada não apenas na pose mas também na altivez do olhar. Se estruturalmente a figura foi concebida com base num geometrismo de linhas e ângulos retos, a tendência para a rigidez foi atenuada pelo naturalismo e suavidade com que o escultor tratou os panejamentos. Neste jogo de dureza e flexibilidade, transmite-se a essência da Justiça.