Bem-vindo à página oficial da Assembleia da República

Nota de apoio à navegação

Nesta página encontra 2 elementos auxiliares de navegação: motor de busca (tecla de atalho 1) | Saltar para o conteúdo (tecla de atalho 2)
 
Teixeira Lopes (1866-1942)

António Teixeira Lopes iniciou a aprendizagem de escultura com o seu pai, o escultor José Joaquim Teixeira Lopes, e foi discípulo de Soares dos Reis, na Academia Portuense de Belas-Artes, de Cavalier e Barrias, na École de Paris.
Dotado de um profundo sentimento plástico, foi influenciado pelos neoflorentinos e desenvolveu um particular gosto pelo lirismo no tratamento da figura humana.

As suas primeiras obras parisienses, Ofélia e Botão de Rosa, denunciam uma admiração pela escultura de Falguière.

Em 1889, assume já um estilo próprio em Caim (Museu Nacional de Soares dos Reis), caracterizado pelo dramatismo da expressão facial e corporal que manterá ao longo da sua obra, como nas peças A Viúva e Caridade (Museu do Chiado), nas alegorias à História (no jazigo de Oliveira Martins, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa) e à Dor (estátua funerária no Cemitério de Agramonte, no Porto).

Tratou essencialmente a temas religiosos para igrejas e hospitais, como Rainha Santa Isabel (Igreja de Santa Clara-a-Nova), Senhora de Fátima (Hospital de Fátima) e Santo Isidoro (Igreja Paroquial de Santo Isidoro, em Marco de Canaveses).

Pontualmente dedicou-se à escultura monumental nas homenagens a Soares dos Reis (Gaia), Infante D. Henrique, Afonso de Albuquerque, Camões, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós (esta no Largo Barão de Quintela, em Lisboa).

Praticou também a arte do retrato nos bustos e estátuas de Teófilo Braga (em bronze na Câmara Municipal de Lisboa e em mármore na Casa-Museu Teixeira Lopes, em Gaia), de Ramalho Ortigão (Museu Nacional de Soares dos Reis) e Augusto Rosa (Museu do Chiado).

Foi professor de escultura na Escola de Belas-Artes do Porto e foi condecorado com a 1.ª medalha do Grémio Artístico (1897), com o Grand Prix do Salon de Paris (1900) e a Grã-Cruz de Santiago da Espada.