É com grande preocupação e angústia que tenho acompanhado as consequências dos vários incêndios florestais que ontem deflagraram no nosso País.
Neste dia, naturalmente, os nossos pensamentos estão com as famílias das vítimas e com todos aqueles que, no terreno, combatem as chamas e ajudam as populações atingidas.
Foi, segundo a Proteção Civil, o pior dia do ano em matéria de incêndios. Mais uma vez fora de época, mais uma vez com uma terrível combinação de fenómenos extremos.
A verdade é que, fruto das alterações climáticas, estes fenómenos raros tornam-se mais frequentes, como vemos um pouco por todo o mundo. Não podemos ficar de braços cruzados; temos de nos preparar para lidar com esta ameaça, com novos modelos de organização, prevenção e combate. Desse ponto de vista, considero da maior importância o contributo que nos acaba de deixar a Comissão Técnica Independente para a análise célere e apuramento dos factos relativos aos incêndios que ocorreram entre 17 e 24 de junho de 2017.
Eduardo Ferro RodriguesPresidente da Assembleia da República